Quer dizer que minhas palavras são em vão...
Significa que me equivoco a cada frase que compõe meu texto e a cada palavra que formam meus pensamentos?
Penso que acho que sei o que leio, acredito que sei como responder as inquietações, mas estou errado...
Não é pra mim, nunca foi pra mim... Me engano imensamente ao achar que poderia ser, ou me engano ao pensar que realmente não é? E se torna uma dúvida obscura que destruirá noites de sono.
Não sei, na verdade nem sei quem sou, não sei mais o que querer, só sei o que não quero, não entendo como tudo acontece, não conheço as regras da vida, conspiram contra mim e cospem na minha cara, quero ter a certeza do caminho mas os raios de sol que outrora me aqueciam, hoje me cegam.
Um sabor quente de sangue desce pela garganta e rasga o peito a fora, a sensação de inutilidade cresce e quase que não cabe em mim, explode, ganha dimensão atômica, suga tudo ao redor e some.
Quer saber? Farei como deve ser feito, deixarei como o vento tem soprando ultimamente, não estou me escondendo, estou me resguardando, estou mutando, estou ganhando forças, não recuo eu observo, não desisto mudo temporariamente de estratégia, não temo eu respeito, não sangro eu renovo os fluidos, já não morro me transformo em algo muito mais terrível, na lembrança do que nunca foi, na sombra que incomoda e te faz se sentir perseguido.
Sabe quem sou? Sabe onde estou? Sabe do que sou capaz? Sabe o que tenho a perder? Não me conhece, ninguém me conhece, nem nos reconhecemos como pode pensar que pensa que sabe quem sou... Já não sou eu mesmo, já não sou como ontem, e nem mesmo serei assim amanhã.
Nós despertamos, e o pesado é real...
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